quarta-feira, 16 de maio de 2018

Dia das Mães - Mãe Amulmig 2018 - Zaíra Melillo Martins




    


                                                                            
 
  

            Cadeira 283

           Acadêmica

ZAÍRA MELILLO MARTINS

             (nasc, 04/02)

             Patrono

Prof. João Etienne Arreguy Filho

           Município

ITABIRITO

          Ano da Posse 2000



A Amulmig realizou neste 15 de maio a tradicional comemoração do Dia das Mães, elegendo uma acadêmica representante do seu universo feminino com o título de Mãe Amulmig 2018. A criação desta homenagem foi criada pelo então presidente – hoje emérito, Luiz Carlos Abritta em 1998. 
Este ano a representante eleita foi a acadêmica Zaíra Melillo Martins, importante literata, com inserções em vários gêneros literários - e que muito tem contribuído para o crescimento da nossa casa, professora, educadora e, sobretudo, Mãe. Mãe de Daniela e Carmem Carolina. 

Foi saudada pela Mãe Amulmig 2017 acadêmica Marilene Guzella Martins Lemos, que além da saudação apresentou mais um dos seus trabalhos históricos-literatos abordando a evolução da mulher como mãe, a maternidade e Maria, Mãe de Jesus. Também tivemos as falas dos acadêmicos Luiz Carlos Abritta e Elizabeth Rennó, e do presidente Vanucci além de familiares da homenageada.
Em concorrida reunião com familiares, amigos e acadêmicos, tivemos a grata satisfação de ouvir o discurso proferido pela acadêmica abaixo transcrito.

Mãe AMULMIG - 2018

Aos caros acadêmicos, familiares, amigos e visitantes  aqui presentes, quero externar os meus sentimentos de gratidão a todos que compartilham comigo este momento tão especial.
Sinto que esta tarde se reveste de um grande significado para mim, desde que aqui me apresentei pela primeira vez, há dezoito anos atrás.
Esta casa, uma instituição de cultura voltada às letras,  abençoada pelo nosso patrono São Francisco de Assis, possui o sentido especial  não só de congregar escritores, mas também de nos reunir como numa grande e calorosa família. Aqui nos irmanamos numa convivência saudável e gratificante, permutando experiências e fortalecendo os laços de amizade que muito nos dignificam.
Foi com surpresa e até com uma certa ansiedade, que recebi o simpático e descontraído convite da Angela Togeiro, dando-me a notícia da escolha do meu nome para receber esta homenagem. Confesso-lhes que não cogitava de ser agraciada com esta honrosa atenção, já que me encontro entre tantas acadêmicas merecedoras de receberem o título  de Mãe AMULMiG – 2018. Mas, sem sombra de dúvida, aceitei o convite, sentindo-me imensamente feliz.
Quem me passa o referido título é a acadêmica Marilene Guzella Martins Lemos, que conheço há pouco tempo, mas que, apesar disso, aprendi a admirar de relance, naturalmente.  Percebi o seu jeito espontâneo de ser, a sua simpatia e a capacidade de interagir com todos. Uma senhora admirável e inteligente, dinâmica e atuante, com um expressivo currículo e uma participação destacada em diversas atividades. Agradeço a sua prestigiosa atenção.
Há algum tempo atrás estivemos aqui falando das nossas obras infantis. Apresentei as experiências vivenciadas por minhas duas filhas, quando crianças, situando-as com os seus animais de estimação. Nessa ocasião, se bem me lembro, falei do meu grande sonho de moça, a meta principal da minha vida, que era a de ser mãe. E se não pudesse contar com a bênção de ter os meus próprios filhos, tinha a firme convicção de que os adotaria.
Mas a vida foi generosa comigo. Ainda bem jovem, logo após me formar no curso Normal, tive um “treinamento” para a maternidade. Cuidei de um sobrinho ainda bebê, pois sua mãe, que era minha cunhada, tinha a saúde muito frágil e precisou se internar para um tratamento cuidadoso. Meu sobrinho, o Mário Henrique, tinha apenas seis meses de vida e  vinha de uma família de muitas crianças pequenas. Com a minha cunhada internada e meu irmão meio desorientado, fui buscar a criança, tomando a responsabilidade de cuidar dela, com o apoio da minha  mãe e dos familiares.
A princípio, meio doentinho, deu um certo trabalho. Depois, com os devidos cuidados, tornou-se uma criança saudável, linda e muito querida. Era a alegria da casa. No meu entusiasmo, até roupinhas eu costurava pra ele, pois gostava de vê-lo muito arrumado. Tive por ele desvelo de mãe.
Finalmente, passado um ano, precisei aceitar que aquele menininho tão querido voltasse para a sua mãe verdadeira. Ele estava com um ano e meio, já falava frases inteiras com a graça das palavrinhas erradas, andava pra todo lado, enfim, era uma criança encantadora.
Sem querer ser dramática, digo que tive a minha parcela de sofrimento até que, aos poucos, conformei com a situação. Afinal, tudo passa... não é isso o que dizem?
Depois de algum tempo, já casada e morando no interior de São Paulo, passei por uma experiência inusitada, envolvendo outro bebê. Seguia com o meu marido para Sorocaba,a fim de controlar a minha segunda gravidez,que devia ser bem acompanhada, pois a primeira fora perdida prematuramente.
Vimos na beira da estrada uma mulher humilde, pedindo carona, com um bebezinho enrolado nos braços. Assim que ela entrou no carro, pedi para carregar a criança que parecia ter poucos dias. Perguntei seu nome. Chamava-se Rafaela e tinha um irmãozinho gêmeo. Quando a mulher viu o meu encantamento com a criança no colo, ela me perguntou se eu queria ficar com a menina. Naturalmente surpresa com a proposta, calmamente falei com ela da minha situação. Contei-lhe sobre a minha perda  e da nova gravidez. Ela entendeu e ainda se mostrou solidária. Ao sair do carro, em Sorocaba, falou comigo: “A senhora vai ter uma menina muito bonita!”
E assim aconteceu, como falou aquela humilde mulher, na sua extrema simplicidade. De vez em quando me lembro dessa passagem e me pergunto: “ Onde estará Rafaela? Será que ela foi doada e sobreviveu?”  Confesso que gostaria realmente de saber, mas daqui, passados tantos anos, só posso desejar que ela tenha muita proteção, como e onde estiver.
E a vida seguiu o seu curso, brindando-me com outra filha, três anos após o nascimento da primeira. Desejei-a com muita esperança, pois passara por um momento doloroso, com a morte inesperada da minha mãe. Queria preencher aquele vazio interior. São coisas da vida que precisamos aceitar.
Procurei dar às minhas filhas o que de mais relevante recebi da minha mãe, repassando-lhes valores de honestidade, justiça, compromisso com a verdade, respeito ao próximo, simplicidade de ser. Sempre tivemos uma convivência harmoniosa, sem maiores problemas, baseada em muita dedicação. Mesmo com os defeitos que eu possa ter, como qualquer ser humano, tentei passar-lhes o melhor de mim. E recolhi bons frutos daquilo que plantei. Tenho três netos que são como um oásis na aridez de certos percalços da vida. Sustento a ideia de que minhas filhas e os meus netos são os bens mais preciosos que possuo.
Para finalizar, afirmo que a maternidade é, por si só, uma grandiosa  missão. Apesar das dificuldades da criação dos filhos nos dias atuais,com as mães se desdobrando em múltiplas tarefas... apesar da conturbação de mundo que nos remete agonias... apesar dos valores destorcidos... dos desmandos desta era virtual em que vivemos... apesar de tantos sofrimentos vivenciados no mundo inteiro pelas próprias crianças... apesar disso e muito mais, o amor materno é uma força propulsora que sustenta todas as mulheres de boa vontade, na construção de um mundo melhor.
Lembro-me de Og Mandino que escreveu: “Estou convencido de que o maior legado que podemos deixar para os nossos filhos são lembranças felizes.”
E completo com as palavras de Paulo Freire, na sua iluminada sabedoria: “Educar é um ato de amor.”

Zaíra Melillo Martins
15 de maio de 2018









De sua lavra os delicados poemas dedicados às suas duas filhas: Daniela e Carmem Carolina, cedidos com ilustrações para este blog, e fazem parte do seu livro “De Meninas e de Bichos”.





 











Flores para Daniela©

Filha,
As flores chegaram com você.
Antes mesmo do seu
primeiro choro,
havia um ramalhete
de rosas vermelhas
me alegrando para lhe esperar.
E quando seus olhinhos mal abriam,
na claridade
de um quarto de hospital,
outras rosas havia.
Ainda um carinhoso gesto,
oferecendo guiné e jasmim...

Em frente à nossa casa
a secular paineira
antes estéril no florir,
derrama galhos
estrelados em cores,
como numa oferenda
de alegria e paz à nova criatura.

No jardim,
alguns botões se abriram
para vê-la chegar...
E houve até um cravo
Que sorriu em cores!

A presença significativa do ipê
aconteceu:
carinhosamente
um ramalhete amarelo
nos foi oferecido.

Filha
você será feliz.
Sim. Porque as flores
cantam a sua chegada!
E não só cantam...
elas sorriem, dançam,
caem em cascatas,
rolam pelo chão!

Prometo:
De cada uma guardarei
um exemplar.
Mais tarde, ressequidas,
essas flores lhe dirão
do quando que você
foi esperada
e de como,
imensamente,

foi feliz sua chegada!

Carmem Carolina©

Minha pequena boneca
de cabelos dourados
e olhos verdes folhas secas...
O seu anunciar
foi nascer de nova era,
em época
de amargo desalento.
Você trouxe
a esperança de um novo sol
para substituir
a enorme tristeza
de uma vida querida
que mal se extinguira.
Você foi
a mais íntima companhia
dos meus dias tristonhos,
me infundido força,
pois estava em mim,
bem dentro de mim,
crescendo em vida,
aos poucos.
Sei que captou minhas tristezas
e sentiu minhas lágrimas.
Temia que nascesse
uma criatura infeliz.
Mas sei que, dentre as emoções
de desalento,
captou uma fase
de forte espiritualidade
e conformação.
Seu nascimento trouxe alegria suave,
sem arrebatamentos.
E o seu crescer
nos pega a todos de surpresa.
Criaturinha adorável!
Nos seus dois anos inquietos
e buliçosos...
Meu encanto de menina
carinhosa, meiga e beijoqueira...
Os seus caprichos
enchem a nossa casa de alegria!
Sua vozinha doce e trêmula
nos faz abrir em sorrisos...
Você captou tristezas
e só me tem dado alegrias...
Você nasceu de bem com o mundo.
Minha pequena Lina,
você é ternura, só ternura!

 
 

 









E ainda, o delicado poema de sua lavra, na abertura do livro...



                        Prece

                 Origem, raça, cor,
               definitivamente nada importa...

...deixai a penas que
que venham a nós
as criancinhas
com os seus apelos,
que maior será o desejo
de acolhê-las
num fraternal abraço
de esperança e fé,
num mundo cada vez melhor,
a começar de agora
e para sempre...
Assim seja!




Alguns dados do currículo de Zaíra
DADOS PESSOAIS

Nome: Zaíra Melillo Martins
Filiação: Miguel Melillo e Carolina Vieira Melillo
Naturalidade: Itabirito – MG

ESCOLARIDADE

- Curso primário no Grupo Escolar Dr. Raul Soares – Itabirito/MG
-Curso ginasial no Colégio Dr. Guilherme Gonçalves – Itabirito/MG
-Curso Normal na Escola Normal Madre Illuminata – Itabirito/MG
-Curso de Atualização Cultural da Mulher – Belo Horizonte – 1985
-Curso de Língua Francesa, ministrado pelo Dr. Marcus Vinícius de Aguiar Coutinho –   em  Itabirito/MG – 1997
-Curso de Letras da Faculdade de Sabará/MG – concluído em 2005
-Curso de pós-graduação em Psicopedagogia – Caeté/MG – 2006

ATIVIDADES CULTURAIS E PREMIAÇÕES

-Publicação do primeiro artigo no jornal paroquial de Itabirito, aos 16 anos.
-Primeiro lugar no II Concurso de Poesias da SRM – Mairinque/SP – 1971;
-Primeiro lugar no II Concurso de Contos da SRM – Mairinque/SP – 1972;
-Primeiro lugar n I Concurso de Contos do jornal “O TUBÃO” – Caeté/MG- 1976;
-Destaque Cultural de Caeté/MG – 1984/1987/1988;
-Premiação no I Concurso de Jornalismo da Prefeitura Municipal de Congonhas/MG-
 1985;
-Menção Especial da Academia Internacional de Letras do Rio de Janeiro/RJ, com Medalha de Bronze – 1987;
-Lançamento da Antologia poética “Cidade Encanto”, em Itabirito/1987;
-Apresentação de textos históricos sobre Itabira do Campo, no programa “Coisas Nossas”,  da Rádio Cultura de Itabirito/MG – 1987;
-Destaque do Ano, em Literatura, promovido pela Câmara Júnior de Itabirito/MG-1988;
- Exposição da mostra “Imagem Literária”, a convite da Fundação Educacional de Caeté – em   1990;
-Exposição de trabalhos literários na Casa de Cultura de Itabirito/MG – 1995;
- Foi membro das seguintes entidades culturais: Sociedade dos Escritores Novos de Minas  Gerais- Belo Horizonte; Comissão Municipal de Cultura da Prefeitura de Itabirito;  Associação Cultural de Caeté; Sociedade Amigas da Cultura, Belo Horizonte; Conselho Delibera da Casa de Cultura de Caeté; Departamento de Cultura da Sociedade Amigos da Cidade- Caeté, como diretora; Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural de
  Itabirito.
-Sócia correspondente da Academia de Letras de Vassouras/RJ, indicada pelo escritor e historiador Dr.José Carlos Vargens Tambasco;
-Publicações nos jornais: “O Estado de Minas”, “Jornal de Casa”,”Jornal Ita”, “Gazeta de Itabirito”,  “Itabirito Notícias”, “Imagens”, “Boletim do Rotary”, “O Tubão”, “Opinião”, “Folha de Caeté”, “Acontece” e outros;
-Membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (AMULMIG), empossada em em 2000, como representante de Itabirito/MG;
-Revisora do livro “Reencontros”, de José Pires, publicado em 2005, e autora do seu texto de apresentação;
-Troféu Carlos Drummond de Andrade, recebido em Itabira, em 2010, no evento “Destaques do Ano”, que é o mais antigo do gênero no Brasil;
- Lançamento da obra infantil “De Meninas e de Bichos”, na Biblioteca Pública de Itabirito,em 16 de abril de 2011; no Museu Regional de Caeté, em 2011; na livraria Encontro Marcado,em Itabirito- 2012;
- Mérito Educacional concedido pela Câmara Municipal de Itabirito, em setembro de 2011;
- Participação da antologia “Écrivains Contemporains du Minas Gerais”, com mais de 30 escritores mineiros, que divulgou a literatura mineira na França. O lançamento oficial da antologia bilíngüe – português e francês – foi no Salão do Livro de Paris, em março de 2012;
- Medalha de Prata da “Académie Internacionale Merite et Devouement Français”, recebida em Paris, passando a integrar a Academia francesa;
- Medalha de Ouro do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais, recebida em  Mariana, em março de 2012;
- Homenagem do Conselho Municipal de Turismo de Caeté, com placa comemorativa, por destacar o nome da cidade no exterior – junho de 2012;
- Medalha Francisco Homem Del Rey, concedida pela Câmara Municipal de Itabirito-2012;
- Participação da antologia “O Livro das Aldravias”, lançado em Portugal e na Ilha da Madeira, em abril de 2013, quando ingressou nas seguintes agremiações culturais:
     - Academia Internacional de Heráldica;
     - Academia Portuguesa de Ex- Libris;
     -Seminário de Heráldica da Universidade Lusófona de Humanidades  e Tecnologias;
     - Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro;
- Participação dos saraus literários promovidos pela Biblioteca Pública de Itabirito;
- Premiação no concurso de contos do Ministério da Cultura e Fundação da Vale, com o lançamento do livro “Histórias que Ouvi Contar”, em Mariana/MG, em 2013;
- Projeto do primeiro livro de aldravias, escrito pelos alunos da Escola Estadual Sebastião Ribeiro de Brito, de Caeté, com a participação das professoras de português, ensino fundamental. Foi intitulado: “Pequenos Grandes Poetas”. O prefácio  é de sua autoria.
-Homenagem  da Escola Estadual Sebastião Ribeiro de Brito, por ocasião do lançamento do livro dos estudantes, em 2014;
- Premiação no Concurso Internacional de Literatura da ALACIB, com entrega dos prêmios em  março de 2014- Mariana/MG;
-Posse como acadêmica na Academia de Letras Artes e Ciências Brasil (ALACIB), em Mariana, tendo com patrono Affonso Ávila – junho de 2014;
- Participante da comissão que escolheu a melhor redação estudantil alusiva aos 300 anos de Caeté, em 2014;
-  Participante do projeto “Poesia Viva”, do grupo de escritores de Mariana, com a doação dos  livros infantojuvenis.
-  Apresentação do livro “Flor da Pedra”, de autoria da acadêmica Elza Aguiar Neves;
- Premiação da Academia de Letras de Ponte Nova, no concurso de contos de 2014;
- Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Ciclo do Ouro, com sede em Sabará, empossada em 2015, tendo como patrono Antônio  Francisco Lisboa. Participou da Revista n. 3,  lançada no primeiro semestre de 2017;

- ESPECIFICAÇÕES  DOS  LIVROS PUBLICADOS:

-Cidade Encanto –  Belo Horizonte: Sociedade Gráfica e Editora Ltda, 1987.
-De Meninas e de Bichos – livro infantojuvenil: Belo Horizonte: Tecgráfica Gráfica e Editora,   2010.

-ESPECIFICAÇÕES DAS PUBLICAÇÕES EM ANTOLOGIAS:

-Brasil  Literário – Rio de Janeiro: Crisalis Editora, 1984 – premiação.
-Poetas Brasileiros de Hoje – Rio de Janeiro: Shogun Editora e Arte Ltda, 1985- premiação.
-Literatura Brasileira – Rio de Janeiro:Shogun Editora e Arte Ltda,1985 – premiação.
-Os Mais Belos Contos do Brasil – DF: Agência de Notícias Brasília Ltda,1987 – premiação.
-Boletins da Academia de Letras de Minas Gerais – Belo Horizonte: AMULMIG.
-Coletâneas da AMULMIG – Belo Horizonte: Emil Editora, 2002,2003,2004,2005 e 2006 - premiações de contos e poesias.
-Itabirito em  Revista –publicações periódicas do editor Emílio Nolasco, como colaboradora.
-Riscos e Versos – Belo Horizonte: Editora FAPI, 2006.
-Écrivains Contemporains  du Minas Gerais – Paris: Yvelinédition, 2012.
-Livros das Aldravias- Mariana, volumes I, II, III, IV e V (edições anuais, com início em 2012):  Aldrava Letras e Artes.
-O Livro I das Aldravipeias – Mariana: Aldrava Letras e Artes, 2014.
-Histórias que Ouvi Contar – Mariana:Ministério da Cultura e Fundação Vale,2014-premiação.
-Coletânea ALACIB (prosa e verso) – Mariana: Aldrava Letras e Artes,2014 – premiação.
-Revista n. 3 – Edição Comemorativa – do Instituto Histórico e Geográfico do Ciclo do Ouro –  Sabará: Gráfica e Editora o Lutador, 2017.
-A História Tricentenária do Alto Rio das Velhas da nascente a Itabirito e Rio Acima- do historiador Walter Gonçalves Taveira. Prefácio e participação do livro – Belo Horizonte: Gráfica e
  Editora O Lutador, 2017.


Poema enviado pelo nosso confrade  João Bosco de Castro sobre o Dia das Mães, a escultura é também de sua autoria






























 



  











  





























 




 



 


 


 




  








  Introito à Homenagem Mãe Amulmig 2018 - Zaíra Melillo Martins

DIA DAS MÃES ou o significante de seu significado.
(Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais – maio/2018)

Maria Inês Chaves de Andrade

Dia das mães. O coletivo individualizou-se no Domingo. Então, a mãe de seu filho esteve com ele à mesa, no hospital, na penitenciária, na rua. A mãe de seu filho se lembrou dele e foi lembrada. O dia teve presente e ausência. Para a emoção, houve indulto, licença e alta. A memória fez álbum e postagem. Todas as pazes foram feitas. Pudesse a paz ter mãe! Os filhos da mãe se assentaram com ela. A Mãe foi lembrada na missa e nossa missão continua a ser entender a Palavra do Filho e pediremos que Ela interceda por nós. As mães solteiras reconheceram o semblante do amor que tanto não antecedeu a face do menino como ficou brocado nele. O pai viúvo disse da beleza da menina de onde ela a puxou. O marido agradeceu pelos filhos que aquela mulher lhe deu. A avó emocionou-se com tanta família. A empregada serviu a saudade dos seus no prato de hora extra com necessidade. Nas maternidades, outras mães chegaram ao mundo. Nos velórios, houve mães que descobriram que nunca deixamos de sê-lo, mesmo quando já não somos mais. Nos abrigos, as mães dos filhos de outras mães deram a elas a acolhida que não puderam. As mães fomos homenageadas, tenha sido como foi e como deu. Nós olhamos para nossos filhos, fossem eles quem fossem. E quisemos que ficassem bem e que conseguissem realizar seus sonhos e enfrentar a realidade. E esperamos que os filhos de outras mães não os ofendam e muito menos sob a guarida delas. Afinal, nossos filhos são múltiplos e tantos. E todos eles merecem viver deixando que os outros vivam também. As mães precisamos aprender a ser, verdadeiramente, maternais e conosco e umas com as outras porque a fêmea do bicho-homem tem-nos sido insuficiente à humanidade que queremos realizada para os nossos filhos. Nenhum filho mais haverá de ser crucificado porque houve Naquele o limite para o perdão de nossos pecados. O Planeta lar precisa que nossa igualdade na diferença faça diferença. Somos mães e mães sabem o que fazer por sua família humana e pela humanidade de sua família, quase seja o mesmo, eco e toada. Dia das mães. Todas fomos únicas. O coletivo, singular. A responsabilidade, grave porque estivemos grávidas.  E, especialmente, porque Domingo foi a primeira chance que tivemos depois de tanto para fazer deste mundo um lugar melhor e mais bonito para todos os nossos filhos. Dia seguinte foi a segunda ou só segunda-feira. Terça-feira, nesta Academia Municipalista de Letras, uma terça parte daquela esperança, ainda, remanesce. Continuemos, pois, nossa luta de mães.








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